sábado, 27 de dezembro de 2008

A primeira regressão

Depois de aprender a ir ao Eu Superior na palestra no Hotel Roma, treinava todos os dias em casa. Na altura não conseguia aceder a muito, mas nunca desisti. Não acedia ainda ao meu Eu Superior como consigo hoje, mas viajava muito pelo o Universo e sentia muito a presença dos Seres de Luz e de Jesus.
Naquele período da minha vida, uma das questões mais pertinentes na minha mente era "Porque é que eu acho que só comigo é que ele está bem?" "Porque é que tenho sempre a sensação de que só eu posso ajudá-lo?"
Numa noite, estava a fazer o exercício, sem nenhum objectivo específico, quando de repente aparece uma imagem de um homem vestido de branco, com uma coroa de folhas na cabeça, numa feira ao ar livre. Percebi que era eu, que estava na época dos Romanos, tempo de César. Pertencia à alta sociedade, e andava a passear na feira que estava a decorrer na rua, com produtos e actividades de entretenimento. De repente, vejo uma multidão a juntar-se, e no meio dessa multidão estava um rapaz maltratado, sujo, ferido, abandonado... Senti a energia dele. Era a energia do Nuno, o rapaz com quem tinha a relação karmica. Ele era meu irmão bastardo, eu não podia e não queria chegar-me perto, nem saber do que se passava... Foi quando eu passava junto à multidão e me afastava ignorando o rapaz e o meu próprio sentimento por vê-lo assim, pois só estava preocupada com a posição social e a aparência, que apareceu o rosto de uma amigo desta vida e perguntou: "Então não vais ajudá-lo?"
A cena acabou, lentamente voltei a mim e percebi que tinha feito uma regressão espontânea. Fiquei muito perplexa comigo mesma, mas muito feliz por me terem proporcionado esta experiência.
Percebi então que aqui estava a resposta à pergunta que apresentei no início: o sentimento de culpa por não o ter ajudado antes era tão grande que era eu que sentia a obrigação de estar sempre lá.
Ele próprio dizia que só comigo se sentia bem, que eu era a única pessoa que o compreendia, mas eu inconscientemente, alimentava-me e aproveitava-me disso para estar lá pelo meu sentimento de culpa. Comecei a questionar-me quando comecei a tomar consciência de que mesmo sem mim ele vivia bem, que mesmo sem falar comigo, a vida dele corria bem, e comecei a pôr em causa até que ponto ele precisava mesmo de mim.
Afinal era eu que precisava que ele precisasse de mim para me sentir menos culpada!
Depois desta regressão comecei a mudar a minha atitude. Comecei a perceber que não era eu que era a salvadora da vida dele mas sim ele próprio e que eu só poderia ajudar na medida em que não me prejudicasse a mim própria.
Esta foi a primeira aprendizagem que Jesus me proporcionou ainda antes do 1º curso. Foi sem dúvida uma das mais importantes! Obrigada.

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